terça-feira, 29 de agosto de 2017

As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra

As Boas Maneiras veio para quebrar todas as barreiras de amor lésbico, diferenças de classes sociais e aceitação das diferenças

Este é o segundo longa-metragem de Juliana Rojas e Marco Dutra, em parceria. O primeiro longa-metragem deles, Trabalhar Cansa (2011), foi exibido em Cannes. A verdade é que desde a faculdade na USP em Audiovisual, mais especificamente na ECA, que ambos frequentam o festival com seus curtas-metragens.

O fato é que é o terceiro longa-metragem de Juliana Rojas, seu segundo foi o Sinfonia da Necrópole (2014), cujo ela dirigiu sozinha e que ganhou o prêmio da crítica no Festival de Gramado, Melhor Filme da Competição Latino-americana da Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica – FIPRESCI no Festival Mar del Plata e Melhor Filme de Longa-Metragem e Melhor Interpretação para o Elenco no Festival de Vitória.

Seu novo filme, As Boas Maneiras, ganhou o Prêmio Especial do Júri no 70º Festival de Locarno, na Suíça. O filme foi muito bem recebido pelo Indiewire: “O cenário e o alto estilo sugerem uma das retomadas mais inventivas em um contexto assustador desde O Bebê de Rosemary (1968)”. Além disso, a Variety fez uma longa entrevista com a Juliana Rojas, o Marco Dutra e a Sara Silveira, produtora do filme através da Dezenove Som e Imagens.

O filme retrata a vida de uma babá, Clara (Isabél Zuaa) e sua patroa, Ana (Marjorie Estiano), que está grávida. A partir daí, elas começam uma relação sexual. Claramente, há algo estranho com o bebê de Ana e um tom de suspense e terror se instaura.

Tanto o longa-metragem As Boas Maneiras, como o Sinfonia da Necrópole, tem uma ampla crítica social. Assim como havia a questão social e do trabalho em Trabalhar Cansa. No Sinfonia, um aprendiz de coveiro (Eduardo Gomes) se apaixona por uma agente do serviço funerário (Luciana Paes) e tem que lidar com seu primeiro emprego no cemitério. A especulação imobiliária e todo um retrato de sociedade são ilustrados a partir da especulação das covas e túmulos do cemitério.

Em todos seus filmes, Juliana Rojas mantém a crítica social, o mistério, a música e o terror, que muitas vezes é mais psicológico do que o que se costuma encontrar em um típico filme de terror americano.

Juliana, desde a sua faculdade na ECA-USP, participou de importantes festivais com seus curtas-metragens e longas. É uma diretora que tem a atenção do Festival de Cannes, tendo participado diversas vezes do festival com seus filmes.

Sua filmografia é extensa e pouco conhecida por completa:

 2013 Desculpa, Dona Madama (Curta-metragem) 
 2013 Marcia Barbosa em A Origem da Inspiração (Curta-metragem documentário) 
 2013 A Ópera do Cemitério (TV Movie) 
 2012 O Duplo (Curta-metragem) 
 2011 Pra Eu Dormir Tranquilo (Curta-metragem) 
 2011 Trabalhar Cansa 
 2010 Desassossego (Filme das Maravilhas) (participação como diretora) 
 2009 As Sombras (Curta-metragem) 
 2008 Vestida (Curta-metragem) 
 2007 Um Ramo (Curta-metragem) 
 2006 A Criada da Condessa (Curta-metragem) 
 2004 O Lençol Branco (Curta-metragem) 
 2003 Notívago (Curta-metragem) 
 1999 Dancing Queen (Curta-metragem) (as Ju Rojas) 
 1999 Três Planos, Nove Planos (Curta-metragem) (as Ju Rojas) 

Um Ramo (2007) e O Duplo (2012) chamam atenção por seus roteiros originais e inusitados, ambos com tom de terror psicológico, que revelam aos poucos o que os personagens realmente sentem.

Um Ramo, dirigido em parceria com Marco Dutra, conta a história de uma mãe de família que descobre um ramo de folhas saindo do seu braço. Ela arranca e fica apreensiva pensando o que poderia ser aquilo. Com o passar do tempo, vários outros ramos aparecem em seu corpo e elas causam feridas. É realmente perturbador o filme.

O Duplo, curta-metragem dirigido apenas pela Juliana Rojas, fala sobre a vida de uma professora que passa a ver o seu próprio duplo, uma pessoa que é exatamente igual a ela fisicamente, mas que psicologicamente é diferente e às vezes até brutal. É um filme incrível, com fotografia impecável e atuação e direção, tudo em seu devido lugar. A partir dos seus curtas-metragens, já poderia se esperar que os longas de Juliana fossem ser no mínimo ótimos.

Mesmo com uma carreira sólida em longas-metragens, Juliana acabou de lançar um curta, A Passagem do Cometa, produzido também pela Dezenove. O filme é parte de uma série para o Canal Brasil, O Som e o Tempo. É um episódio sobre uma música dos anos 80, mas acabou sendo distribuído também como curta-metragem e já entrou no Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo e no Festival de Brasília, onde a seleção de curtas é bastante restrita.

A Passagem do Cometa fala sobre uma mulher (Ivy Souza) que decide fazer um aborto na década de 80. Mostra desde o momento em que ela chega na clínica de aborto até o momento que vai embora com sua amiga acompanhante. É um filme forte, importante, que fala sobre o aborto da maneira que se deve falar sempre, abertamente, sem preconceitos, com informação. Há uma fala da personagem de Ivy após ter abortado, ainda na sala de recuperação: “É só que parece que o meu corpo não é meu.”. Uma ampla crítica à proibição do aborto e o quanto esta escolha deveria ser das mulheres, e apenas delas, o direito de decidir sobre o seu próprio corpo.

A Passagem do Cometa ainda tem um elenco matador, além de Ivy Souza, Nana Yazbek, Helena Albergaria, Mariza Junqueira e a maravilhosa Gilda Nomacce. Isso é uma característa de Juliana Rojas e do Marco Dutra, usar muitas vezes os mesmos atores. Gilda Nomacce está presente em quase todos os filmes da dupla e nos filmes de Juliana.

As Boas Maneiras e A Passagem do Cometa vêm para consolidar uma carreira já consolidada. Juliana Rojas se desponta como uma das melhores diretoras de cinema do Brasil e do mundo. E melhor diretora, não apenas entre as mulheres, mas entre todos.


*****
SERVIÇO

A Passagem do Cometa no Festival Internacional de Curtas de São Paulo

Mostra Brasil 7
30/08, quarta - 17h30 - Cinesesc - Rua Augusta, 2075
31/08, quinta - 15h - MIS - Avenida Europa, 158

Ingressos gratuitos, distribuição cerca de 1 hora antes da sessão.







E Sua Mãe Também de volta!

Fazia alguns anos que eu não publicava nada neste blog. Este sempre foi um blog muito sincero, com textos tanto pessoais quanto profissionais.

A partir de hoje, vou começar a publicar críticas de filmes e textos sobre diversos assuntos, principalmente Cinema.

Sejam bem-vindos de volta!
Tarsila Araújo

segunda-feira, 5 de julho de 2010

E com vocês: Protótipo, grupo de improviso!






"No 1, 2..."

"Ué, acho que escutei um barulhinho..."

"Amarelo é a cor da moda, filha."

"Filhinha, você vai ficar linda de vestido amarelo!"



E o pedreiro olha...

"Gostoooooooooooooosa"

E agora a mesma cena dos pedreiros em Estilo Infantil.

Martelinhos.

Par, ímpar!







Protótipo, o que dizer deste grupo de improviso?
Hum... pode ser que eu seja suspeita, dado que agora sou produtora do grupo. Pode ser que minha opinião seja demasiada viesada, dado que sou grande amiga de anos do diretor, Rafael Lohn.

Ok. Pensem o que quiser sobre a minha opinião. Mas sobre o grupo é outra história! Claro, só assistindo ao espetáculo pra saber.... mas confesso que a primeira vez que vi o grupo (que nem era esta mesma formação) há 3 anos atrás eu achei bem legal, mas obviamente ainda amador. Claro, o que esperar de uma primeira apresentação de um grupo?!

E eis que... três anos depois, sou convidada a assisti-los no Teatro Ruth Escobar. Caralho, Ruth Escobar, um grande teatro e... LOTADO. Quase não consigo ingresso! Ah vá! Até parece que ia ficar de fora do espetáculo do meu amigo... se liga.

Sei que entrei com duas amigas, assisti e PIREI! Nossa, o Rafa estava demais como juíz e apresentador. O grupo tinha uma inteligência de improviso rara de se ver por aí. Aliás, confesso que nem mesmo o Jogando no Quintal me trouxe tanta alegria e divertimento.

As cenas eram muito rápidas, divertidas, engraçadinhas, com duplo sentindo, rs, e sempre com originalidade, genialidade, improviso.

Quem não viu, terá a grande chance logo mais!
Estreiaremos em agosto. Por sorte, ainda em julho.

Aguardem, ansiosamente claro!



terça-feira, 29 de junho de 2010

Música de Bolso caseiro


Ricardinho toca Grizzly Bear lindamente...


domingo, 13 de junho de 2010

Bem-estar, Liberdade




'O estranho do mundo é que tudo pode mudar de uma hora pra outra, muito rápido. E sem nenhuma explicação aparente.'

E isto que dá todo o sabor pra vida...
Claro, as vezes as mudanças podem ser demasiadamente tristes e repentinas... mas por outro lado, se não fosse assim, se não houvesse sempre mudanças, novidades, descobertas, realmente seríamos formigas!

Em uma semana tudo pode mudar... aliás, em dez minutos tudo pode mudar, não é mesmo Luana?

É muito bom sair de casa sem saber o que vai se encontrar, quem você vai conhecer, com quem você vai conversar, o que vai acontecer. E quantas coisas inesperadas... as vezes a vida está a mesma, sem gosto e sem sal por muitos meses... e uma simples visita, uma simples saída, pode fazer aquela farinha de trigo velha no armário virar um Quiche Lorraine delicioso.

Tudo é uma questão de ponto de vista.
Um primo meu querido, me presenteou com a seguinte frase:
A Felicidade não é um fim, mas um meio.

E o mais incrível é que minha mãe vive e me ensina a viver assim desde que nasci. Na verdade, acredito que grande parte consegui viver assim. Mas as vezes a vida é très dura... e cruel. E fica difícil lembrar disso o tempo todo.

Todo meu "amor" a São Paulo nos últimos meses é justificável por vários fatores... o principal é que talvez eu não estava feliz ali. E como culpar uma cidade ou as pessoas ao seu redor, pela sua própria infelicidade? Sempre acreditei na frase do Hemingway: é impossível fugir de si mesmo. Não adianta ir pro Rio de Janeiro, pra Barcelona, pra Suíça, pra França, pra Irlanda, pra Holanda... você sempre estará lá com seus pensamentos, sua Felicidade, seus problemas, sua culpa, sua infelicidade.

E incrivelmente, mesmo sempre acreditando nisso, consegui esquecer por um momento. A vida em Recife, em Curitiba, no Rio... me pareciam maravilhas que eu não conseguiria encontrar em SP. A terra da garoa me parecia demasiada triste e estressada. Não que não o seja.

Enfim. Ainda continuo com os mesmos pensamentos sobre as cidades, com o mesmo pensamento sobre os meus amigos e todos os paulistanos trabalharem demais. E a mesma desilusão de ver aquele trânsito e poluição incessantes...

Mas há mais que isso. Há sempre a possibilidade de convites para fondues repleto de amigos sorrindo. Há visitas de alemãs e francesas loucas que te fazem rir por um dia inteiro, caminhando da Paulista até a Vila Madalena, passo-a-passo, curtindo cada momento... visitando cada galeria, cada lojinha interessante, cada livraria, cada café, cada bar com arrumadinho e chopp a 2 reais.

Há ainda almoços durante a semana com amigos cineastas-múltiplos... e queridos. Daqueles que te fazem se sentir em casa. E visitas a um apartamento com mil filmes, mil confortos, mil sensações de bem-estar.

O mais engraçado é ter que vir pessoas de fora, até de outro país, pra me fazer sentir confortável na 'minha própria cidade'. Pra me fazer enxergar prazeres ali... e foi o mesmo quando passei a enxergar os defeitos. Foi só quando fui pra fora, pro Nordeste, que percebi o quanto vivemos em uma bolha em São Paulo. O distanciamento nos permite enxergar a realidade muito melhor... E quem quer ser cego? Eu não quero.

Sabe, a Liberdade... 'É uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.' E sonho com isto há alguns anos. Acho que finalmente consigo sentir de novo... ser livre de verdade. Livre, leve e solta... pra sentir, pra fazer, pra sonhar, pra acontecer.

Definitivamente posso dizer, as coisas só acontecem se a gente permite que elas aconteçam.

A mais sábia das palavras da minha mãe: Você escolhe ser feliz.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Eu sou

Eu não sou isto e aquilo. Não sou fria. Não sou ciumenta. Não sou como meus amigos. Não sou o que fui ontem. Não sou o que serei amanhã. Não sou hoje. Não sou. Não sou arrogante. Não sou tímida. Não sou ousada. Não sou segura. Não sou normal. Não sou louca. Não sou simples. Não sou inocente. Não sou culpada.

Não sou santa. Não sou trouxa. Não sou idiota. Não sou esperta. Não sou maliciosa. Não sou o que queria que fosse. Não sou eles. Não sou ela. Não sou tu. Não sou só nós. Não sou o que era pra ser. Não sou você. Não sou descolada. Não sou a Anita. Não sou lady. Não sou infeliz. Não sou dançarina. Não sou cantora (de banheiro). Não sou os meus pais. Não sou meus irmãos. Não sou a filha. Não sou a mãe. Não sou a sua mulher.

Não sou dependente. Não sou rapariga. Não sou você. Não sou uma máquina de dinheiro. Não sou uma estatística. Não sou uma cineasta. Não sou o desejo. Não sou exatamente. Não sou tranquila. Não sou óbvia. Não sou uma boca. Não sou um cérebro. Não sou disponível. Não sou pronta. Não sou autista. Não sou bonitinha. Não sou chefe. Não sou assistente. Não sou um sentido. Não sou um caminho. Não a solução. Não sou um monte de coisa.

Não sou guitarrista. Não sou chef. Não sou pintora. Não sou transparente. Não sou atriz. Não sou tudo. Não sou nada. Não sou uma ilha. Não sou a renúncia. Não sou a renúncia. Não sou loira. Não sou burra. Não sou maluca. Não sou sarada. Não sou poetisa. Não sou. Não sou genial. Não sou clichê. Não sou mentira. Não sou uma verdade.

Não sou Madre Teresa. Não sou exata. Não sou a tpm. Não sou a estressada. Não sou paulistana. Não sou ótima. Não sou média. Não sou pouco. Não sou muito. Não sou na balada. Não sou Capitu. Não sou o que se pensa. Não sou o que pensa. Não sou o que você pensa. Não sou a ação. Não sou a inércia. Não sou as curvas. Não sou a linha. Não sou a menina. Não sou a sua menina. Não sou o xaveco. Não sou o alvo. Não sou o que se passa. Não sou o problema. Não sou a solução.

Não sou o prazer. Não sou o riso. Não sou o bom humor. Não sou sempre justa. Não sou cult. Não sou uma engrenagem. Não sou errada. Não sou certa. Não sou extra. Não sou ordinária. Não sou orgulhosa. Não sou mais. Não sou o que era. Não sou diferente. Não sou comum. Não sou o que se espera. Não sou a de sempre. Não sou sempre o que quero ser. Não sou insuportável. Não sou excelente. Não sou ainda backing vocal. Não sou entendida. Não sou desleal. Não sou o respeito. Não sou desrespeitosa.

Não sou a paciência. Não sou a calma. Não sou o vento. Não sou o que se gosta. Não sou a que gosta. Não sou a que faz tipo. Não sou céu. Não sou chão. Não sou sonho. Não sou a bruta realidade. Não sou seu coração todo. Não sou parte do seu coração. Não sou o amor. Não sou a raiva. Não sou nunca a indiferença.

Não sou a maioria. Não sou exatamente o que você quer. Não sou. Não sou uma regra. Não sou a fuga. Não sou o objetivo. Não sou o resumo. Não sou o caminho fácil. Não sou a roteirista. Não sou butuca. Não sou fofoca. Não sou pública. Não sou gracinha. Não sou nova. Não sou o novo. Não sou a novidade. Não sou mudança. Não sou a força. Não sou fraca. Não sou única. Ou sou.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Coachella 2010


Quero TANTO ir! TANTO. Deus queira que eu tenha dinheiro até lá... sonho, sonho! SONHO! Bom, mas pés no chão, muita labuta e quem sabe? Quem sabe o dia de amanhã? Ainda bem que ninguém! Vai que eu me mudo pra Barcelona antes disso... vai que!

LCD Soundsystem, Thom Yorke, MGMT, Grizzly Bear e tantos, tantos, tantos outros... Só faltou Fiona Apple. Sempre falta! Mas enfim.

Sei que Tiësto a Renata anima de acompanhar... rs Doidinha do jeito que é, animada como sempre foi. Vou jogar a ideia, talvez ela pesque...

Quem anima de me acompanhar? Eu tinha combinado com o Fred e a Gleyce, quem sabe o que o dia de amanhã pode me trazer?



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

E o mundo está se acabando...


É... 2012 está chegando. Ninguém acredita. Nem eu acreditava!
Mas comecei a reparar e percebo que algo está acontecendo, por mais que as pessoas queiram ignorar. Me desculpem, mas a maioria das pessoas são muito RIDÍCULAS, HIPÓCRITAS e acham que toda essa destruição no mundo não tem nada a ver com elas. Só quando acontece na sua própria cidade, na sua própria casa, é que você pára realmente pra pensar bem.
Sabe, algo está muito errado aí. Reparem em Angra dos Reis no Reveillon, São Luis do Paraitinga foi totalmente destruída, infelizmente. Haiti teve um terremoto de 7 graus e destruiu boa parte por lá. Aqui no Brasil, um calor INSUPORTÁVEL. Disseram que no Rio marcaram 50 graus. O que é isso?! Pelamor de deus. Por aqui tudo se alaga! E o hemisfério norte está coberto de neve, muita neve.
Enfim, realmente temos que fazer alguma coisa. Cada um a sua parte. Eu já tento fazer a minha há anos. Vou passar umas dicas que peguei em um livro que comprei, o título é 'O Livro Verde - Pequenos passos que cada um pode dar para salvar o planeta ':
1. Prefira notebooks a desktops. A produção deles requer menos matéria-prima e energia, e seu consumo anual é 220kWh menor.
2. Mantenha os pneus calibrados. Eles vão durar mais e o rendimento do combustível será maior.
3. Elimine o uso de misturadores ou colheres descartáveis simplesmente colocando o açúcar ou adoçante no copo antes da bebida.
4. Economize energia usando microondas em vez de fornos elétricos tradicionais. Seria possível abastecer todo o continente africano por um ano apenas com a energia não gasta nos Estados Unidos se todos adotassem essa medida.
5. Feche as cortinas em dias muito quentes ou muito frios. Só com esse hábito, você pode reduzir em até 25% o consumo de energia.
6. Beba água filtrada em vez de mineral. Você ajudará a evitar que sejam usadas cerca de 1,5 milhão de toneladas de plástico, o suficiente para fazer dois litros de água para cada casa no planeta.
7. Compre bebidas em garrafas de vidro. A energia utilizada para produzir uma lata de alumínio de 350ml daria para fazer quase duas garrafas do mesmo tamanho.
8. Leia jornais na internet, substitua o extrato bancário impresso pela consulta on-line, envie convites por email e faça download de músicas e programas.
Podem ser atitudes pequenas, mas que se for feita por milhões, se tornam fortes. E que podem salvar o planeta. Ninguém acredita... mas se o mundo acabar, sabe o que eu acho? Eu acho é pouco!
E só pra concluir tudo isso, minha esperança este ano é Marina Silva, do Partido Verde. Este blog não é partidário, mas se acho que dá pra confiar em alguém, é nela. É a única com um 'discurso' inteligente, sensato, verde, pensando em desenvolvimento sustentável, progresso e desenvolvimento sem agredir o ambiente e claro, no social. Espero muito que ela não decepcione.
Li que a Natura e o Fernando Meirelles, vão apoiar a candidatura dela.
Espero um dia com esperança de que os Brasileiros se tornem como os Argentinos, os Bolivianos, os Peruanos, os Chilenos... podíamos aprender a ser contestadores como nuestros hermanos. Ou como os Europeus. Brasileiro é muito acomodado. Me desculpem!
Levam a vida que tem sem nem pensar o por quê. Assistem notícias no jornal inertes. Me irrita. As pessoas passam por um mendigo na rua, por um menino pedindo esmola no sinal e acham que aquilo não tem NADA a ver com eles. PÁ-rabens. Realmente, nada a ver. Sorte sua que nasceu rico. Sorte sua que nasceu na casa de sua família. E se o acaso, o 'destino' tivesse te reservado outra coisa? E se por acaso, ao invés de você nascer no berço que nasceu, você tivesse nascido no berço da sua empregada? Ou da sua secretária? Ou do cobrador de ônibus que você paga todos os dias? Ou na casa do frentista que enche o tanque do seu carro? Ou no colo do garçom que enche o seu copo no bar? PRESTEM ATENÇÃO... pensem! É só isto que peço.

Masterswarm, Andrew Bird

http://www.youtube.com/watch?v=_DIJWH3Y7xo
http://www.youtube.com/watch?v=ZgKokFIn3_U&NR=1

So they took me to the hospital
they put my body through a scan
what they saw there would impress them all
for inside me grows a man.

Who speaks with perfect diction
as he orders my eviction
as he acts with more conviction
than I.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes, de Guy Ritchie



Preciso confessar que o novo Sherlock Holmes é ÓTIMO!
Mas o que esperar do diretor de Snatch - Porcos e Diamantes? A verdade é que analisando a filmografia de Guy Ritchie, eu apenas assisti Snatch e Destino Insólito, onde a protagonista era sua então incrível mulher MADONNA. Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes vi alguns trechos apenas, vergonhosamente. Mas sei que é um bom filme!

Fora isto, ele fez dois curtas The Hard Case (1995) e Star (2001) com Clive Owen, Revolver (2005), Suspect (2007) pra TV e RocknRolla em 2008.

Bom, pra mim o Guy Ritchie sempre foi um diretor respeitável. Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch são filmes que deve se respeitar. Pensei assim até o momento em que assisti Destino Insólito! Que filme é esse?! O filme tem nota 3.5 no site do Imdb (http://www.imdb.com/title/tt0291502/), pra se ter uma ideia. Pra mim só provou uma coisa: a Madonna é a mulher mais poderosa do mundo! Como um homem inteligente e talentoso deste faz um filme assim?! E com a Madonna como protagonista? Porque convenhamos, a Madonna é a melhor cantora Pop do mundo, mas não é boa atriz. Ela é inteligente, talentosa, mas atriz ela ainda não é. Talvez Procura-se Susan Desesperadamente foi o melhor dela! Pelo menos era divertido! Li também que ela atuou em Star do Ritchie também. Parece brincadeira...

Juro que quando vi Destino Insólito pensei: 'Caramba, a Madonna é gênia mesmo. Ela conseguiu convencer o Guy Ritchie a fazer um filme onde ela era a protagonista e seu papel era de uma mulher rica casada, que se apaixona por um amante latino! haha Parece piada! Ela convenceu seu próprio marido a filmá-la apaixonada por um latino, em cenas calientes. Em um roteiro medíocre. Só ela mesmo! Parabéns, Madonna. Você é foda!

Destino Insólito (2002):

Mas voltando dos tropeços de Ritchie, ele acertou em cheio ao filmar Sherlock Holmes! Ele se garantiu no elenco: Robert Downey Jr (O Homem de Ferro, Zodíaco), Jude Law (Closer, Um Beijo Roubado, Cold Mountain), Rachel McAdams (Intrigas de Estado, Tudo em Família) e Mark Strong (RocknRolla, Rede de Mentiras).

Fora isto, o humor inteligente que ele já havia usado em Snatch está lá com toda sua classe. Seus personagens são interessantes, apaixonantes, inteligentes, espertos... além de bonitos, claro. O Holmes neste filme é forte, sabe lutar, e soluciona os casos de uma maneira fascinante. Sabe tudo de química, biologia, engenharia, tudo que se pode imaginar! E claro, ele conta com seu parceiro médico Watson, pra desvendar e salvá-lo do pouco que ele não consegue sozinho. Pra completar o time, a charmosa Rachel McAdams, que consegue se sair muito bem no papel de vilã-mocinha e salva Londres e o mundo no final! Adorei.

A parte técnica acho que é até redundante dizer. Um filme com um orçamento desse, com uma equipe dessa, nada mais natural que ficar impecável aos olhos! Pra quem gosta e repara, o filme tem planos lindíssimos.

Sinceramente, imperdível pra quem gosta de Cinema e diversão!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Crisis - Série de TV em Rotoscopia, de Thiago Moyses













Tenho que confessar que conheci mais um gênio na minha vida. Quando eu digo gênio, não exatamente é aquele que faz grandes feitos e descobre coisas novas. Há vários tipos de gênio. Mas falando de Thiago Moyses, acho que pode se levar pra este lado.

Ele simplesmente tem feito Cinema sozinho. E das maneiras mais inventivas! E todo mundo sabe que pra se fazer Cinema é necessário uma equipe, muita gente, bastante esforço, dedicação, talento e claro, dinheiro. Sim, dinheiro. INFELIZMENTE. Aliás, todos sabem que pra quase tudo na vida se precisa de dinheiro.

Mas ele descobriu como se fazer Cinema no Brasil sem dinheiro. Diz ele (e não digo que está mentindo) que gastou 2 mil reais pra fazer o seu longa Síndrome de Pinocchio. Poxa! Quem pode, pode! Quando eu crescer quero ser como ele! E não se enganem, o filme foi um dos 10 selecionados pelo Itamaraty para concorrer a vaga do Oscar em 2010! Concorrendo inclusive com o incrível Se Nada Mais der Certo, do José Eduardo Belmonte, que eu participei. Mas claro que o escolhido foi o Salve Geral... mas enfim, este é outro assunto.

E como eu havia dito neste blog, ele ainda consegue fazer diárias de cinema em 8h. Aí sim virou meu ídolo!! Caramba, sinceramente as diárias de 12h no Cinema são RIDÍCULAS, INCABÍVEIS E DESUMANAS. Não tem dinheiro, não filma. Ou seja como o Thiago Moyses. rs

A jornada de trabalho de 8h na indústria, foi instituída no Brasil em 4 de maio de 1932 por Getúlio Vargas.
Só o Cinema que ainda usa como regra jornadas de 12h. Nas outras profissões se faz hora extra, mas não se trabalha 12 horas sempre, pelamor de deus.

Depois que trabalhei 10h no set do Rafael Gomes em Tudo o que é Sólido pode Derreter, prometi que não faço mais diárias de 12h. Quem quiser, vai ter que aceitar 'apenas' 10h. Não sou operária. E mesmo que fosse, não aceitaria. Eles tem este direito há 77 anos!

No meu set foi um pouco diferente. Era documentário, o Felicidade, e por isto, mais livre, com pausas. A primeira diária foi de 8h (10h00-18h15). A segunda (10h00-18h?). A terceira foi uma confusão de carros e deslocamentos... fomos pra Piri. Acho que foi das (6h45-18h?). Mas fizemos apenas 2 entrevistas, bem sossegado. Até nadamos na cachoeira... A última foi sussa, das 9h30 às 21h? Mas não se enganem... com pausas pra piscina, arroz com pequi, e espera pela Marluce (Neide), nossa última entrevistada da noite. E a única 'noturna'. Enfim!

Direitos trabalhistas para o Cinema JÁ!

Mas voltando... tive uma reunião no dia 30 de dezembro com este ilustre diretor. E sabe que em 5h ele me contou o roteiro de dois longas e a sinopse (pra não dizer o roteiro todo) de uma série de TV? Com muitos episódios! Não vou dizer quantos pra não estragar a surpresa... chama Crisis.

Só digo que achei GENIAL. Eu respondi pra ele que acho que o Tarantino vai se interessar! rs E não é piada. A série é em animação usando a técnica rotoscopia, ou seja, filmada e desenhada depois por cima. Dá um efeito lindo, assim como no incrível Waking Life e o ruim O Homem Duplo.

O roteiro é alucinante! É voltada para o público adolescente e se ambienta em uma Universidade e na ruas, com ação, drama, humor e suspense - e os personagens estilizados. O personagem de tapa olho (que é o mesmo de óculos na sua versão social) se chama Yasha. Coloquei muitos stills do filme e making of aqui. Claro que isso é uma prévia, com orçamento e dinheiro vai ficar muito mais bonito.

A série se passa em um futuro próximo onde a polícia foi privatizada, assim como as Universidades públicas e outras instituições, e são controladas por grandes corporações. A corporação que controla a polícia tem uma divisão especial secreta para pegar criminosos de alto escalão, e usa a universidade como fachada para os agentes jovens. Genial!

Parece 'óbvio', mas se vocês escutassem as cenas de paixões, lutas, golpes... é muito boa mesmo. Acho que tem futuro DEMAIS. E assim como Tudo o que é Sólido, coloco todas as minhas fichas. Será uma série adolescente, mas os adultos não vão perder um episódio. Assim como Simpsons, South Park, etc.

Vocês ainda vão escutar muito falar de Thiago Moyses. Aguardem!
Em breve em alguma emissora de qualidade.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Documentário FELICIDADE no jornal O Popular


A reportagem completa: http://www.goiasnet.com/cinema/com_report.php?IDP=4167


28/12/2009 22:30

Documentário questiona a relação felicidade X dinheiro

Rute Guedes/O Popular

Com a pergunta “Você acha que precisa de mais dinheiro do que tem hoje para ser feliz?”, a documentarista goiana Tarsila Araújo está viajando por todo o Brasil para concluir o documentário Felicidade, um longa-metragem em vídeo. O objetivo da diretora é, com a questão sobre dinheiro, discutir o conceito de felicidade e bem-estar para pessoas de várias classes sociais, diferentes culturas e sotaques do País. Ela começou a rodar o longa em meados de dezembro em Goiânia, primeira parada de uma jornada que deve, segundo seu projeto, passar por mais 14 cidades.

“Este filme é uma pesquisa. O contexto dessa pesquisa são as pessoas. Os brasileiros. Não se trata de um filme de ficção. A ideia é percorrer todo o Brasil realmente conhecendo estas pessoas, conversando com elas. É um filme sobre estilos de vida, nas diferentes regiões do Brasil. E a partir dele, descobriremos como as pessoas vivem nas diversas cidades do País, o que elas pensam sobre a felicidade e, claro, suas próprias vidas”, diz a diretora, que já colheu boa parte das entrevistas em Goiás. Entre anônimos e personalidades, sua equipe esteve com escritores como Gabriel Nascente e Bariani Ortencio, o aposentado Francisco Sampaio de Bessa e a empresária Regina Celi Carvalho Zuppani. Em cada cidade, Tarsila vai trabalhar com equipe parcialmente local e, no caso de Goiânia, seus parceiros foram os profissionais Leandro Moura (fotógrafo Still), Luana Marinho (assistente de direção) e Januário Leal (técnico de som).

Contradição
Tarsila, que estudou Estatística na Universidade de São Paulo e depois migrou para a área do audiovisual, cita como um de seus mais importantes trabalhos o posto de primeira assistente de direção da série Tudo o que É Sólido Pode Derreter, da TV Cultura.
A ideia do filme surgiu em uma viagem ao Nordeste em fevereiro do ano passado. “Nessa viagem, eu, que morava em São Paulo na época, comecei a perguntar aleatoriamente para as pessoas se elas precisavam de mais dinheiro para ser feliz. No Nordeste foi incrível, pois a maioria das pessoas respondia que o dinheiro poderia ajudar, mas que isso não as fazia mais ou menos infelizes. Quando voltei para São Paulo, já era o contrário. A condição para a felicidade estava sempre ligada ao dinheiro e poucos se consideraram felizes. Achei uma contradição muito grande e daí decidi formatar o projeto em 15 cidades”, conta Tarsila. Ela vai se inscrever na Lei Rouanet e também em um edital chamado Longa.Doc para viabilizar a produção.

Comentando sobre a primeira parte de Felicidade, ela relatou sobre os depoimentos colhidos em Goiânia. “Fiquei emocionada com as palavras do poeta Gabriel Nascente. O operário Mizael Marques, que se disse feliz, também me impressionou ao dizer que ser feliz é poder dar felicidade para os outros.” A diretora destaca, em outra posição da chamada pirâmide social, as palavras da empresária Regina Zuppani. “Ela é muito desprendida. Apesar de hoje ser bem-sucedida financeiramente, ela se lembra de quando era criança e vendia roupas para ajudar a mãe. Depois começou ao lado do marido uma fábrica na garagem de casa. Hoje ela diz que gosta mais de dar presentes do que de receber”, ressalta a cineasta.

Outra participação no documentário é a do aposentado Francisco Sampaio Bessa. “Ele tem um sentimento de cidadão muito forte, a cidadania de vizinhança. O seu Francisco cuida do canteiro das praças perto da casa dele, no Jardim América”.
A formação em estatística influencia o discurso da diretora. “Há muito tempo o Produto Interno Bruto (PIB) era o índice mais usado para medir a riqueza de uma sociedade. Mas ele não mede a qualidade de vida das pessoas nem as desigualdades sociais. Cada vez mais os pesquisadores dedicam-se sobre o que a pessoa faz no tempo livre, se pratica esporte, se tem tempo para a família, para um passeio. Para uma sociedade estar bem, o indivíduo precisa estar bem também. Às vezes um cidadão de classe média em São Paulo, com casa própria, carro, e outros bens, passa horas num trânsito horrível e, para conseguir mais dinheiro, não tem tempo para passar com a família. Por outro lado, teve um vendedor de queijo que eu entrevistei em Recife e ele disse que até gostaria de mais conforto, mas que se considerava alguém feliz”, observa Tarsila.

Felicidade, adianta a cineasta, está sendo planejado como um road-movie, o que pode se traduzir livremente como um filme de estrada, de viagem. “Quero que o documentário prenda a atenção do espectador, que ele esqueça que está assistindo a um filme e que quebre todos os preconceitos com o documentário no Brasil. Um filme que faça as pessoas se divertirem e também pensarem, refletirem sobre suas vidas, suas escolhas, e que mostre para elas a diversidade que é o Brasil, diferente dos preconceitos e estereótipos sobre os outros Estados”.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

As fotos mais LINDAS que um filme sobre a Felicidade poderia ter











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Ahhh... o que dizer mais deste filme?

Quero falar em imagens. Quero me expressar com sons... com o barulho da cachoeira, os passos sob as folhas secas do Seu Francisco... com o olhar da Dona Adelina, com o leve gaguejar da Tia Regina Zuppani ao emocionar com as histórias da sua vida. Com a serenidade da Tia Regina Araújo, com a sinceridade da Neidinha, com o olhar de raiva da minha mãe por ser obrigada a dar uma entrevista pra agradar a filha. Um olhar que só eu percebo. Um olhar que só a mim incomoda... todo mundo ao redor pensava que ela estava feliz, que ela estava falando bem (e estava mesmo!). Mas a verdade... ah, a verdade... só se sabe quem conhece. Só se sabe quem presta atenção. E atenção, a verdadeira atenção, a gente só dá a quem a gente ama de verdade. E eu amo ela. TANTO! Tanto que sei tudo. Olho pra ela e sinto o que ela está sentindo...

Ela é a musa, a mestre, a gênia, a amiga, a mãe... faltam palavras pra me expressar. Por isto quis colocar em imagens, e sons. Não sei expressar este amor, esta admiração.

Parece um exagero pra quem lê e pra quem não a conhece. Mas é só porque vocês não a conhecem... não tenham dúvida. A Ju, a Etienne e o Fabinho... são algumas das pessoas que a conheceram na semana passada. Soltaram tantos elogios a esta pessoa iluminada... ela não existe, gente. Se não fosse a minha mãe, não acreditaria... eu brinco que ela vê o futuro. Ela vê a estrada além da curva... a estrada vai além do que se vê só pra quem não é Clélia! rs

Um raciocínio, uma bondade... e quando eu digo bondade, não é pureza. Não se enganem, não. Esta mulher é a mais vivida, a mais esperta, astuta, sensata... de ingênua, ela não tem nada. Nada, nada. Tudo que eu tenho de ingenuidade, ela já perdeu há muitos anos. Muito, muito antes que eu. Ah... como falar dela. Soa até mal... tudo que estou dizendo aqui, parece pouco. Ela é a pessoa capaz de fazer qualquer um mudar de ideia, sobre qualquer aspecto. Ela tem o melhor coração que eu já vi, senti e toquei. Ela é grande! E maior que todas as pessoas que eu já conheci... e é minha mãe. Sou abençoada. Tudo que eu tenho de bom, veio dela. Dela, do meu pai, dos meus irmãos, meus amigos... somos todos uma soma de tudo que vivemos. Somos todos uma soma de todas as pessoas que conhecemos.

E por falar em pai... descobri que faço Cinema por causa dele. Descobri assim... por acaso. É tudo tão inconsciente. Sou tão parecida com meu pai. Tão igual. E só convivi com ele até os meus 10 anos...

Ai, é tão difícil falar nisso... o Leandro, meu primo incrível que foi o Still do filme e autor das fotos maravilhosas deste post, me disse assim, espontâneo, que um dos motivos que o fez fotógrafo hoje foi meu pai. É a piada na família: 'Ô, Adevaldes, anda logo! Que demora pra tirar foto...'

Nós viajávamos (porque se tem uma coisa que meus pais gostavam era de viajar, consequentemente, somos todos amantes das viagens hoje) e meu pai tirava tantas fotos. Fotos tão lindas... de paisagens, das crianças (nós, no caso), da família... das pessoas por aí... ele era demais. E sabe a melhor parte? Voltávamos das viagens, reunia a família toda, e todos juntos víamos os slides... isso mesmo, ele fazia slides! Pode uma coisa dessas?

E o tanto de filme que eu assisti com ele? E o Vento Levou devo ter visto umas dez vezes... Indiana Jones... estes acho que foram os que eu mais assisti. Ah, tinha ET gravado também... quando era pequena eu gostava. Fui assistir outro dia achei TÃO piegas, afe. (É, o Spielberg me irrita muito, as vezes).

Meu pai uma vez, quando já não estava tão bem, decidiu abandonar os salgadinhos e bebelanças que minha mãe tinha comprado e fugimos pro cinema. Sessão das 9. Eu devia ter uns 8 anos, chutando... era O Último dos Moicanos (olhei agora, é de 92. Isso mesmo). Minha mãe se preocupou porque o filme era violento, mas logo eu dormi... sabe que nunca assisti. Deve ser um bloqueio. Preciso ver!

Enfim... fora os filmes que passavam na tv e eu via com ele. E sempre tarde... eu deitada na barriga dele. Lembro de ver alguns em que eu ficava sem graça, too much pra minha idade. rs

Ai, ai... bons tempos de cafuné na orelha.
Chega, né? Ficou íntimo demais isto aqui...
Acho que faz bem desabafar, sabe? E dividir as alegrias... se você divide sua felicidade, ela se multiplica. Já diria um filme que adoro: happiness only real when shared.

E este é o motivo deste filme. Se é que precisa de um.
Beijos, queridos:

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