domingo, 13 de junho de 2010

Bem-estar, Liberdade




'O estranho do mundo é que tudo pode mudar de uma hora pra outra, muito rápido. E sem nenhuma explicação aparente.'

E isto que dá todo o sabor pra vida...
Claro, as vezes as mudanças podem ser demasiadamente tristes e repentinas... mas por outro lado, se não fosse assim, se não houvesse sempre mudanças, novidades, descobertas, realmente seríamos formigas!

Em uma semana tudo pode mudar... aliás, em dez minutos tudo pode mudar, não é mesmo Luana?

É muito bom sair de casa sem saber o que vai se encontrar, quem você vai conhecer, com quem você vai conversar, o que vai acontecer. E quantas coisas inesperadas... as vezes a vida está a mesma, sem gosto e sem sal por muitos meses... e uma simples visita, uma simples saída, pode fazer aquela farinha de trigo velha no armário virar um Quiche Lorraine delicioso.

Tudo é uma questão de ponto de vista.
Um primo meu querido, me presenteou com a seguinte frase:
A Felicidade não é um fim, mas um meio.

E o mais incrível é que minha mãe vive e me ensina a viver assim desde que nasci. Na verdade, acredito que grande parte consegui viver assim. Mas as vezes a vida é très dura... e cruel. E fica difícil lembrar disso o tempo todo.

Todo meu "amor" a São Paulo nos últimos meses é justificável por vários fatores... o principal é que talvez eu não estava feliz ali. E como culpar uma cidade ou as pessoas ao seu redor, pela sua própria infelicidade? Sempre acreditei na frase do Hemingway: é impossível fugir de si mesmo. Não adianta ir pro Rio de Janeiro, pra Barcelona, pra Suíça, pra França, pra Irlanda, pra Holanda... você sempre estará lá com seus pensamentos, sua Felicidade, seus problemas, sua culpa, sua infelicidade.

E incrivelmente, mesmo sempre acreditando nisso, consegui esquecer por um momento. A vida em Recife, em Curitiba, no Rio... me pareciam maravilhas que eu não conseguiria encontrar em SP. A terra da garoa me parecia demasiada triste e estressada. Não que não o seja.

Enfim. Ainda continuo com os mesmos pensamentos sobre as cidades, com o mesmo pensamento sobre os meus amigos e todos os paulistanos trabalharem demais. E a mesma desilusão de ver aquele trânsito e poluição incessantes...

Mas há mais que isso. Há sempre a possibilidade de convites para fondues repleto de amigos sorrindo. Há visitas de alemãs e francesas loucas que te fazem rir por um dia inteiro, caminhando da Paulista até a Vila Madalena, passo-a-passo, curtindo cada momento... visitando cada galeria, cada lojinha interessante, cada livraria, cada café, cada bar com arrumadinho e chopp a 2 reais.

Há ainda almoços durante a semana com amigos cineastas-múltiplos... e queridos. Daqueles que te fazem se sentir em casa. E visitas a um apartamento com mil filmes, mil confortos, mil sensações de bem-estar.

O mais engraçado é ter que vir pessoas de fora, até de outro país, pra me fazer sentir confortável na 'minha própria cidade'. Pra me fazer enxergar prazeres ali... e foi o mesmo quando passei a enxergar os defeitos. Foi só quando fui pra fora, pro Nordeste, que percebi o quanto vivemos em uma bolha em São Paulo. O distanciamento nos permite enxergar a realidade muito melhor... E quem quer ser cego? Eu não quero.

Sabe, a Liberdade... 'É uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.' E sonho com isto há alguns anos. Acho que finalmente consigo sentir de novo... ser livre de verdade. Livre, leve e solta... pra sentir, pra fazer, pra sonhar, pra acontecer.

Definitivamente posso dizer, as coisas só acontecem se a gente permite que elas aconteçam.

A mais sábia das palavras da minha mãe: Você escolhe ser feliz.


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