quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mário Quintana: A cor do invisível.

Li este livro durante minha viagem a Curitiba. Peguei emprestado no restaurante 'Quintana' por lá. E agora que terminei, preciso devolver pelos correios. rs

Segue algumas das poesias mais lindas que encontrei:


O visitante

O seu olhar imensamente verde ilumina o meu quarto


O trovador

Ah! uma canção de nina-nina
que tu ouvisses de olhos fechados...
Mas os meus poemas enlouqueceram
- me dizem coisas que eu nem sabia...
Dizem coisas que te fazem mal,
meu pobre amor!

Mesmo que nunca falem em dor
- a dor, enfim, é tão vulgar -
têm uma trágica poesia...
Ainda que nunca falem em dor
- por que aprofundam o teu olhar
como o de alguém que vão matar?

Se tu soubesses quanto eu queria,
queria apenas te embalar,
acalentar-te com o meu calor...
Mas dos meus dedos brotam signos...
Fórmulas mágicas dançam no ar...
Oh! se as pudesses esconjurar
com teu amor!

Eu trocaria todo o meu Reino
e mais as minas de Trebizonda
- Toda, toda esta magia
ou seja lá o que for -
por uma simples canção
que tu ouvisses como quem sonha,
os mansos olhos fechando
de puro amor...


Um retrato

Seus olhos grandes, redondos e pretos
Tempos depois ainda ficavam pregados na gente
Como botões...


Hoje é outro dia

Quando abro cada manhã a janela do meu quarto
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova...



E suspirando, reiniciei meu contato com a poesia...


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